quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Amizade



Algo tão sincero
Surge sem querer
Só de ver.




Sem interesses,
fundamentos ou argumentos,
simplesmente nasce.




Nasce, constrói raízes,
fortifica-se, e floresce.
É sem maldades,
mentiras ou falsidades.




Só se sente,
Sente e ama,
Ama e cuida,
Cuida e acalenta.




Quem seríamos sem ela?
Nulos?
Não há resposta para o impossível.
Quem é ela?




A amizade.
Mas não a amizade em disfarce
Mas sim a amizade eterna...
Aquela que só sente.
Sente e ama
Ama e cuida
Cuida e acalenta.




Alessandra Rodrigues.

sábado, 2 de outubro de 2010

Por Pamella Cardoso

Mais um texto da minha querida e talentosa sobrinha Pamella!


.


.


SER DE MENOS?


Passamos muito tempo de nossas vidas tentando entender tudo o que se passa ao nosso redor; tentando ser melhores naquilo que fazemos e, na hora do fracasso, até pensamos em desistir, - alguns até desistem, por medo ou falta de confiança - passamos mais tempo querendo ser mais. Ser mais até que os outros. Ser mais, mais e mais. A verdade é que ninguém nunca pensou em ser menos, menos arrogante, menos esnobe, menos crítico, menos tudo. O que eu quero dizer é que, ser mais em tudo, não é ser mais na vida. Tudo o que é em excesso acaba nos fazendo mal, acabamos deixando que isso suba a cabeça tomando conta de todo o nosso corpo e de todas as nossas vontades, nos fazendo surtar dentro de um mundo que nós mesmo criamos. Os que são demais, nunca saberão o que é simples se nunca forem de menos, se nunca fracassarem. Ser de menos em geral. Isso trás maturidade e faz com que aprendamos a dar valor as coisas mais simples da vida. Cada detalhe, cada tudo é importante. Ser de menos é ter humildade o suficiente para que alguém te olhe e te ache demais.


Pamella Cardoso


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Autopsicografia - Fernando Pessoa


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.


E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só as que ele não têm.


E assim nas calhas de roda
Gira, a entrerter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.


Fernando Pessoa


Nota: Esse poema de Fernando Pessoa retrata a alma do poeta, a capacidade de expor em seus poemas a dor, o amor, a agunia, a inquietude que muitas vezes não sente, mas finge tão intensamente, que o leitor consegue sentir.

Luís Fernando Veríssimo





Pensando bem em tudo que a gente vê e vivencia e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa, faz tudo certinho! Chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas, mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada. A pessoa errada te faz perder a cabeça, perder a hora, morrer de amor... A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar, que é pra na hora de vocês se encontrarem, a entrega ser muito mais verdadeira. A pessoa errada é, na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas. Essa pessoa vai tirar seu sono, talvez te magoe e depois te encha de mimos, pedindo perdão. Essa pessoa pode não estar cem por cento do tempo ao seu lado, mas vai estar cem por cento da vida dela esperando você. Vai estar o tempo todo pensando em você. A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo, porque a vida não é certa. Nada aqui é certo! O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo, amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo, conseguindo... E só assim é possivel chegar àquele momento do dia em que a gente diz: "Graças a Deus, deu tudo certo"! Quando na verdade, tudo o que Ele (Deus) quer é que a gente encontre a pessoa errada pra que as coisas comecem realmente a funcionar certo!












Luís Fernando Veríssimo

sábado, 14 de agosto de 2010

Não se mate

Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.




Inútil você resistir
ou mesmo suicidar-se.
Não se mate, oh não se mate,
reserve-se todo para
as bodas que ninguém sabe
quando virão,

se é que virão.




O amor, Carlos, você telúrico,
a noite passou em você,
e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam,
anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê,
pra quê.




Entretanto, você caminha
melancólico e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém, ninguém sabe e nem saberá.




Carlos Drummond de Andrade.






Drummond é um dos maiores e melhores poetas brasileiros contemporâneos.

sábado, 7 de agosto de 2010

O amor é uma droga

O amor é como uma droga. No começo vem a sensação de euforia, de total entrega. Depois, no dia seguinte, você quer mais; ainda não viciou, mas gostou da sensação e acha que pode mantê-la sob controle. Pensa na pessoa amada dois minutos e esquece por três horas. Mas aos poucos você se acostuma com aquela pessoa e passa a depender completamente dela. Então, pensa por três horas e esquece por dois minutos. Se ela não está por perto, você experimenta as mesmas sensações que o viciado tem quando não consegue a droga: sente falta, parece que algum órgão seu foi retirado. Neste momento, assim como os viciados roubam e se humilham para conseguir o que precisam, o indivíduo que ama, está disposto a fazer qualquer coisa por amor.

(PAULO COELHO)
.
.
PS: Tenho que grifar que não sou fã, admiradora e muito menos leitora de Paulo Coelho. Com todo respeito, até porque a literatura tem espaço para todos. Mas a literatura de Paulo Coelho não é a do tipo que se enquadra nos padrões que prefiro. Mas esse texto, em particular, sempre tive como interessante.

domingo, 18 de julho de 2010

Dúvidas




Dúvidas








As dúvidas são...
os caminhos da alma,
uma mistura de desejos;
desejos pela dor,
desejos pelo amor,
pelo carinho,
pela aventura.




Nenhum ser é provido de dúvidas
No fundo, cada qual sabe domar suas vontades
mas há o medo,
o medo de ser o errado
o medo de ser o certo demais
o medo de ser perfeito.


Daí as dúvidas...


A dúvida corrói
castiga
maltrata
ou acalenta
incentiva
sacia...
A verdade é que,
todo ser vive na dúvida
Mas a pior e mais amaldiçoada,
é a dúvida de que poderia ter dado certo.




A.O.R

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Filho de peixe, peixinho é!






Um pequeno e merecido espaço para Luís Fernando Veríssimo, filho do renomado Érico Veríssimo e escritor que mais vende livros no Brasil. É consagrado por seu estilo humorístico e uma série de cartuns e histórias em quadrinhos. O primeiro livro "O Popular" foi publicado em 1973. Atualmente o autor escreve para os jornais Zero Hora, O Estado de São Paulo e O Globo. Algumas de suas crônicas foram publicadas nos Estados Unidos e na França em coletâneas de autores brasileiros.
Segue um texto de sua autoria:

"Minha mulher e eu temos o segredo de fazer um casamento durar: duas vezes por semana vamos á um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu às quintas. Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha em São Paulo.
Eu levo minha Mulher à todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta. Perguntei à ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento "em algum lugar que eu não tenha ido á muito tempo!" ela disse. Então, sugeri a cozinha.
Nós sempre andamos de mãos dadas... se eu soltar, ela vai ás compras!
Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico. Então, ela disse: "Nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar para sentar". Daí comprei para ela uma cadeira elétrica.
Lembrem-se: o casamento é a causa número um para o divórcio. Estatísticamente, 100% dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a "senhora certa". Só não sabia que o nome dela era "sempre".
Já fazem dezoito meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la. Mas, tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha. Ela perguntou: "O que tem na TV?" E eu disse: "Poeira!"

Por Luís Fernando Veríssimo

sábado, 12 de junho de 2010

Enfim!

Amigos, terminei a monografia!! UFA! :)
Estou muito feliz, o resultado não podia ter sido melhor: 10, e com louvor e mais...está rendendo ótimos frutos...a pós-graduação e quem sabe uma publicação!
Em breve, estará disposta aqui por capítulo!
Beijos e beijocas!

sexta-feira, 14 de maio de 2010


SUGESTÃO DE LIVRO


LITERATURA E SOCIEDADE, DE ANTONIO CANDIDO.

ANTONIO CANDIDO É UM CRÍTICO LITERÁRIO, AUTOR DE MUITAS OBRAS QUE SÃO ESSENCIAIS NO ESTUDO DE LETRAS. ESSE TÍTULO A QUE ME REFIRO CUSTA R$ 37,00 EM SITES NA INTERNET E É UM ÓTIMO ALIADO NA CONSTRUÇÃO DE MONOGRAFIAS E TESES.

VALE A PENA CONFERIR!

LINDO SONETO


UM SONETO QUE AMO...MUITO!

.

.

SONETO DE FIDELIDADE

.

De tudo ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

dele se encante mais meu pensamento.

.

.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento.

.

.

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

.

.

Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

.

.

Vinícius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do autor, RJ,1960, pág.96.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

LÚCIA POR TRÁS DAS LETRAS DE ALENCAR


A SOCIEDADE DA PERSONAGEM LÚCIA, DO ROMANCE LUCÍOLA DE JOSÉ DE ALENCAR.


O Rio de Janeiro do século XIX, período em que se passam os acontecimentos do romance Lucíola, guarda costumes e usus consequentes do modo único europeu. Foi uma era de grandes avontecimentos, inclusive o processo de industrialização, que foi a surta inauguração de indústrias ue produziam artigos que antes era exportados do exterior. O Rio de Janeiro ra uma cidade heterogênia, com mansões e palacetes ao lado de bairros miseráveis. Na Rua do Ouvidor podia-se encontrar a última moda de Paris. A mulher buscava a vaidade francesa: sedas, chapéus, leques, perfumes, etc. A figura feminina desta época frequentava bailes e teatros da alta sociedade e fazia compras nas mais luxuosas ruas cariocas. Uma sociedade de aristocratas cultos e exigentes. Nos palacetes de Laranjeiras falava-se francês nas noites de gala. É neste cenário que está Lúcia, vista pela sociedade com uma altivez, elegância, vestes e comportamentos típicos de uma realeza, mas que em contrapartida, guarda outro aspecto: o impulsivo e erótico de uma cortesã luxuriosa, Nesta época, as belas cortesãs gozavam do mesmo tipo de popularidade das atrizes ou de mulheres aristocratas e ricas. Suas vidas pertenciam mais à sociedade em que viviam do que a elas próprias.

A protituta sempre foi uma figura polêmica que esteve com frequência, presente nas produções artísticas e literárias. Alencar, que já era um escritor de prestígio, com funções políticas-administrativas e atividades na imprensa, reconheceu em sua obra Lucíola (1962), os padrões de conduta e os valores da sociedade brasileira que, neste momento, passava por profundas transformações, já que era uma sociedade movida pelo poder econômico. Alencar despreza e critica os comportamentos burgueses, não só na obra Lucíola, como também em sua peça, As asas e um anjo (1958), que também tinha como tema a prostituição.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

TALENTO ESCONDIDO


REFLEXÃO SOBRE O AMOR...QUEM ESCREVEU? MINHA PEQUENA NOTÁVEL SOBRINHA PÂMELLA COSTA. A MENINA É UM TALENTO NO DESENHO E NA ESCRITA. AMA LER E TEM APENAS 14 ANOS! ISSO É RARO HOJE EM DIA NÉ POVO!



ENTÃO VAMOS AO QUE ELA ESCREVEU:


"Como você sabe que é amor?

Quando uma pessoa chega até seu coração e faz tudo parecer possível, de uma forma inexplicável, te falta o ar, o chão, palavras. É um sentimento que nem as frases mais lindas conseguem chegar perto, elas se tornam vazias diante do amor."

Pâmella Costa.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

FIQUE POR DENTRO!


CONCURSO PÚBLICO

SARGENTO DA AERONÁUTICA (CONTROLADOR DE VOO)
.
.
Para quem sempre sonhou com a carreira estável...Está aberta as inscrições para o concurso do cargo de controlador de voo da Aeronáutica Brasileira. As inscrição vão até 20 de maio de 2010 e custa R$50,00. Os interessados podem se inscrever pelo site http://www.fabi.mil.br/. Mulheres agora também podem participar do concurso.
Para concorrer é necessário não completar 24 anos de idade até 31 de dezembro de 2011 e ter concluído o ensino médio.
Matérias como português, física, química cairão no concurso.

TALENTO ESCONDIDO

TEXTO DA MINHA AMIGA, LEANDRA MONTEIRO DOS SANTOS. UMA PEQUENA AMANTE DA LITERATURA E ESCRIToRA ASSÍDUA, DESDE MUITO JOVEM. PORTADORA DE UMA FACILIDADE INCRÍVEL PARA EXPRESSAR SEUS SENTIMENTOS E IDEOLOGIAS E UMA PESSOA DE CORAÇÃO GIGANTE.

OBRA DELA

DEDICATÓRIA: "Para meus amigos que não se envergonham de mim; e se alegram comigo, me aceitam como sou. Se você é assim, é meu amigo".

TEXTO (PS: ELA NÃO DECIDIU UM TÍTULO)

"Procure achar o que há de melhor numa pessoa e diga á ela o que achou. Todos nós precisamos deste tipo de estímulo. Cada vez que meu trabalho é elogiado, eu me torno mais humilde, porque não me sinto ignorada ou indesejada. Todo mundo tem algo que merece ser elogiado e enfatizado. Elogios significam compreensão. Somos excelentes seres humanos em nosso íntimo e ninguém é melhor que os outros.
Aprenda a ver a grandeza de seu próximo e verá também a grandeza dentro de si".
Leandra Monteiro dos Santos.
.
.
.
Essa é só uma pontinha do talento da minha amiga!

SUGESTÃO DE LIVRO


LUCÍOLA - José de Alencar


Como a minha paixão pela literatura alencariana é obsessiva, não posso deixar de indicar um romance do meu autor preferido. José de Alencar é romancista conhecido por suas obras que exprimem crítica social, amor, redenção á paixão e enredos fascinantes e cheios de ideologias. Não é a toa que escolhi Lucíola analisar e assim escrever meu Trabalho de Conclusão de Curso (o temido TCC, antes conhecido como Monografia).

Lucíola é um romance intrigante, excitante e crítico. Li em três dias pois não me aguentava de curiosidade em saber o que vinha na próxima página!

Trata-se da história de Paulo, que apaixonou-se por Lúcia, uma cortesã luxuosa e que arrancava suspiro dos homens do século XIX do Rio de Janeiro. Uma época marcada pela hipocrisia da sociedade, por homens da corte que deleitavam-se em preconceitos mas que ao mesmo tempo usufruía dos prazeres de Lúcia.

A paixão de Lúcia por Paulo levou-a a redenção. O que a fez pura e angelical apesar da vida de outrora.

Não vou contar o final, mas é emocionante e vale a pena conferir!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

QUESTÕES LIGADAS AO ENSINO DA GRAMÁTICA-Maria Helena de Moura Neves

RESENHA CRÍTICA



O ensino da gramática no ensino fundamental e médio: a abordagem gramatical mais adequada para se enfrentarem as questões decorrentes do fato de que há uma interface texto-gramática:

Muitos são os questionamentos sobre o ensino da gramática e sobre sua serventia. O ensino da gramática é um fator importante para o desenvolvimento do aluno, não só porque ele vai simplesmente passar a conhecer as regras gramaticais, mas porque também vai saber empregar e compreender dentro de um determinado texto essas regras. Sendo assim; é mais do que obvio que a produção (e compreensão) de texto e gramática andam juntas, ou seja, se completam, se acomodam. Para realizar um, precisa da outra. Por isso a necessidade, principalmente nos níveis médio e fundamental, o ensino da gramática.

Maria Helema diz que "saber expressar-se numa língua não é simplesmente dominar o modo de estruturação de suas frases, mas é saber combinar essas unidades sintáticas em peças comunicativas eficientes..." (p.226)Ou seja, para expressar-se num sistema linguístico, não basta dominar somente sua estrutura e seus códigos, é necessario ter noção das funções sintáticas dentro desse sistema para compreender os enunciados de acordo com as situações, os objetivos e as condições de interlocução. Todo esse processo se faz através da gramática.

Não se pode falar em uma gramática da modalidade escrita e uma gramática da modalidade falada porque é um assunto relativo. A forma culta, tensa da modalidade escrita é oposta a forma coloquial e frouxa da modalidade oral (falada), mas existem exceções. "Poderíamos multiplicar ao infinito esses tipos de situações que mostram pólos opostos pinçados numa e noutra modalidade". (p.227).

O estudo tradicional da gramática é assunto de muitas teses, segundo Maria Helena. Mas criticar a metodologia tradicional tem sido considerado uma atitude equivocada e mal-vista. A gramática tradicional não nasceu como ciência e sim como arte. A necessidade de se compreender, examinar textos (Era alexandrina) e refletir, fez nascer a gramática; por isso a importância da gramática tradicional.

As pesquisas acadêmicas são cada vez mais constantes, eficientes e mais profundas, levando a um resultado gratificante ao acadêmico. O que falta é saber levar essas pesquisas como mais um fator para ajudar e orientar os professores da educação fundamental e do ensino médio, que ainda encontram dificuldades para ensinar gramática. Sendo assim, as maravilhosas pesquisas vêm servindo apenas para enriquecer e impôr respeito somente ao pesquisador.

Não existe a forma certa e errada da escrita. Lógico que existe um padrão que deve ser exposto e ensinado em sala de aula para que os alunos conheçam e aprendam a usar, bem como as regras gramaticais, os tipos de discurso etc. Mas isso não significa que o registro (popular) do aluno seja incorreto. O papel da escola e do professor é promover aos alunos a possibilidade de conhecer e identificar os distintos tipos de registros para que possam saber se expressarem de acordo com a situação. Dessa forma os alunos terão domínio linguístico suficiente para grantir a formação de textos adequados, podendo assim ocupar posições na sociedade.

Quanto a atualização do professor, Maria Helena defende a formação continuada. Inúmeras tentativas de cursos de reciclagem, palestras etc já aconteceram e tiveram resultados, não negativos, mas também não produtivos. Não que sej uma opção ruim, mas não apresentam progresso, apenas uma adição de conhecimentos. Também vale ressaltar que as pesquisas de nível universitário não são suficientes para um progresso quanto á ação pedagógica, não é um ato produtivo. Os professores universitários necessitam também de uma formação ou preparo para atuarem na formação dos professores de ensino fundamental e médio. Sendo assim, Maria Helena está correta ao defender a formação continuada. O professor, ao optar por essa profissão, tem que estar ciente que tal cargo exige uma formação e estudo contínuos e o governo deve estar preparado para atender, junto aos profissionais, para oferecer essa formação.
Existem muitos livros didáticos que realmente não atendem como deveria o ensino da gramática. Mas a deficiência não está somente nos livros. A posição do professor em relação ao livro didático ainda não é clara para muitos. O livro didático deve ser usado como apoio e complemento da aula e não deve ser substituído pelo papel do peofessor, como acontece muito. Alguns professores agem como se o livro didático fosse sua aula, que o livro quem vai ministrá-la, interagir com os alunos e explicar á eles o conteúdo, o que é extremamente equivocado.
O "vício" pela televisão e pelo conhecimento rápido e fácil que ela promove é um dos principais motivos que fazem com que os alunos passem a deixar o livro de lado. O papel do professor é aproveitar-se dela para promover aprendizado. Mas e a leitura? Não é de hoje que o problema da falta do hábito de ler percorre entre os alunos de todo o mundo. O que deve ser feito é o incentivo da leitura em casa e na escola com maior comprometimento e sem facilidades: pôr em uma avaliação questões sobre um romance em que o aluno não precisa ler o romance, apenas assistir a versão em filme ou procurar um resumo na internet, é um exemplo de não compromentimento com a incentivação á leitura e uma utopia dos professores.
O computador e CD-ROM são ferramentas muito úteis para o aprendizado atualmente. Como diz Maria Helena (em outras palavras), alunos que fazem uso intenso e incesante do computador possuem uma capacidade de compreensão de textos muito mais evoluídos em comparação aos alunos que não fazem uso de tal ferramenta. Acontece que muitos alunos vêm subistituindo o universo informatizado pela escola, o que não deve aontecer. O que deve acontecer é uma parceria, um complemento entre as duas modalidades. A escola deve saber aproveitar tal ferramenta como instrumento de pesquisa e estudo e assim promover uma interação, onde o aluno passará a perceber que a atuação das utilidades do computador junto ao ensino na escola ocasionará um resultado bastante significativo, positivo e produtivo.
A profissão professor hoje é uma das profissões mais desvalorizadas da sociedade. Essa afirmação é algo consciente não só dos professores, mas dos governantes e de toda sociedade. Antes a profissão era vista com olhos de admiração e muitos almejavam essa profissão para si. As crianças tinham seus professores como heróis. Hoje essa profissão é vita com olhos de solidariedade, como se fosse a últim opção daquele indivíduo como profissão.
É fato que existem muitos professores desanimados e desinteressados, desmotivados e que não atuam como deveriam justamente porque são mal pagos. E o resultado disto é uma sociedade mais ignorante e cada vez mais consciente de que a educação brasileira não é mais a mesma. O que assusta é saber que já que a sociedade e seus governantes têm tanta noção desta realidade e suas consequências, por que nada é feito para isto mudar?

MONOGRAFIA

O tormento e o calmante:
A monografia, que não falta á nenhum universitário! Pois é...estou sofrendo desse mal, ou será que estou gostando?!
A verdade é que sofro com o cansaço, com a pesquisa incesante, com a ânsia de ás vezes querer escrever e vomitar o que estou pensando para as teclas do meu teclado.
Mas em contrapartida, revigoro em cada parágrafo escrito e aprovado pelo orientador, em cada fragmento das críticas literárias que encontro e que colaboram para o meu desenvolvimento e vibro a cada página escrita!
Uma experiência não muito nova, mas muito mais intensa agora e que pretendo tornar mais intensa e mais constante ainda: a pesquisa.
O que seria de nós, estudantes, letrados, historiadores, sociólogos, psicólogos, críticos e até matemáticos, se não fosse a pesquisa.
Meus aliados: os livros
Meu mais novos amigos: Antônio Cândido e José de Alencar
Minha companheira: Lucíola
(risos)
Aceito sugestões de sites, artigos, críticas, livros etc etc.
Meu título: Por detrás de Lucíola
Meu subtítulo: Fatores sociais que influenciaram a construção da personagem Lúcia.
Grande Beijo.